sábado, 26 de maio de 2007


"Animai-vos, ó, povo bahiense, que está por chegar o tempo
feliz da nossa liberdade: o tempo que todos seremos iguais. É chegado o tempo
para a vossa ressurreição, sim para que ressuscitem do abismo da escravidão,
para levantares a sagrada bandeira da liberdade".

[Boletins sediciosos.
Conjuração Baiana. 12 de agosto de 1798]

Negras e negros!!!


Façamos hoje uma conclamação similar à feita por nossos ancestrais há quase três séculos!


Conquistamos o direito de produzir conhecimento formal dentro da Universidade, porém ainda temos um caminho árduo a percorrer. É nesse sentido que convidamos a todas e todos, que produzem conhecimento formal e informal a fazer da Universidade um lugar que produza, construa e reconheça um saber que não seja originário somente dos colonizadores. Uma Universidade que preze também pela nossa permanência e tenha responsabilidade com as pessoas que formarão. Espaço onde nossas demandas e anseios sejam contemplados e, tendo nossa cara, nos seja receptivo.


Sejam bem vind@s!

2 comentários:

Larissa Santiago disse...

Vamos movimentar galera...
e mais um aliado é sempre bom.
Aqui estou!!!
Saudaçoess

Anônimo disse...

Parabéns a vocês do Diáspora por nos fazer acreditar que uma outra Universidade é possível. Vamos a luta, na união, de maneira revolucionária e com muito AXÉ!

Que os ORIXÁS, INQUISSES, VODUNS E ENCANTADOS... E toda a ANCESTRALIDADE NEGRA REVOLUCIONÁRIA (como a dos sediciosos de 1798) estejam com tod@s vocês nesta árdua jornada!

Que Oxalá conduza o grupo, mas que o Diáspora ele esteja disposto a invocar Xangô Airá toda a vez que a guerra se fizer necessária!

"Por vezes, paz e justiça só é possível com guerras e mortes!" (Com as devidas proporções e sem respeitar a construção (palavra por palavra), são dizeres de Frantz Fanon

Estejamos então dispostos para a hora do Levante e do encontro com a redenção, se este caminho se tornar necessário. Pois como diria os Griots, Fanon, Gramsci, Lucas Dantas, João de Deus, Luis Gonzaga e Manuel Faustino: Só retórica, sem ação concreta, e disposição para pegar em armas não constroí, nem revoluciona. Daí os quatro últimos nomes são de pessoas honradas que serviram de mártires na Revolta dos Búzios que serviu de referência na mensagem principal da página de vocês.

"Que o risco de morte não signifique medo, mas disposição para transformar a realidade. Pois o simples fato de sermos negros, deixa implicito que a nossa própria existência já é um sério fator de risco e excelência para a nossa inexistência física e metafísica neste planeta. Somos realmente os condenados da terra"

Marcos Rezende